Resumo

O crescimento do corpo, descrito como a anatomia em movimento de crianças e jovens, ocorre a ritmos distintos (Tanner, 1962). Isto significa que dois jovens podem ter a mesma idade cronológica, pertencerem ao mesmo escalão competitivo e um deles ser mais alto 10-15cm e mais pesado 5-10kg. As implicações destas diferenças nos processos de recrutamento e seleção, bem como na resposta ao treino e à competição, são importantes (Baxter-Jones, 2008). A monitorização do crescimento do corpo dos jovens atletas e a sua interpretação são, também, prioridades do treinador por forma a melhor entender o seu alcance, sobretudo pela associação a diferenças marcantes na maturação biológica e no rendimento desportivo. A supervisão e controlo dos processos de treino e competição dos jovens atletas exigem, num certo sentido, a presença de informação de natureza normativa por forma a interpretar, objetivamente, o desempenho físico de cada um (Blanksby et al., 1994; Docherty, 1996; Fukuda, 2019). Do mesmo modo, para que o planeamento do treino possa ser mais eficaz (i.e., chegar a todos e a cada um), reclama um conhecimento preciso do estado de prontidão desportivo-motora individual (Malafayaet al., 2015). Também nesta situação é importante dispor de informação normativa do grupo de atletas (i.e., o seu grupo de referência). Neste artigo apresentaremos um conjunto de resultados de natureza normativa sobre indicadores do crescimento e composição corporal, bem como do desempenho físico dos jovens atletas das cinco modalidades: andebol, basquetebol, futebol, polo aquático e voleibol. A opção de juntar todos os registos dos atletas ao longo dos 3-4 anos de duração do INEX prende-se com a necessidade de obter estimativas precisas (Healy, 1974) das estatísticas que iremos apresentar

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