Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as respostas da freqüência cardíaca (FC) de árbitros de futebol durante a partida a partir de índices fisiológicos determinados em teste progressivo intermitente com pausas (TCar) e determinar as intensidades de esforço durante a partida. Foram avaliados seis árbitros de nível estadual (29,5 ± 5 anos; 73,9 ± 10,5 kg; 179,9 ± 6,3 cm; 15,0 ± 7,9 %G), que foram submetidos ao TCar para determinação do pico de velocidade (PV) e do ponto de deflexão da freqüência cardíaca (PDFC), este pelo método Dmáx. O PDFC foi considerado como o segundo limiar de transição fisiológica (LTF2) e a FC a 80% do PDFC foi considerada o primeiro limiar de transição fisiológica (LTF1). Foram estabelecidas três intensidades de esforço: 1) abaixo do LTF1 (moderada), 2) entre LTF1 e LTF2 (pesada) e 3) acima de LTF2 (severa). Cada um dos árbitros foi monitorado em uma partida do campeonato adulto não-profissional, de nível regional. Utilizou-se a estatística descritiva (média ± dp) e ANOVA Two-way para comparar os valores FC a cada cinco minutos (p<0,05).O teste t-student foi usado para comparar os valores de FC do primeiro com os do segundo tempo das partidas. Os resultados do TCar foram: PV (15,1 ± 1km.h-1), freqüência cardíaca máxima (FCmáx) (189 ± 5bpm), FC de LTF1 (140 ± 6bpm) e FC de LTF2 (175 ± 7 bpm). A FC média da partida foi 153 ± 12bpm, o tempo de permanência na intensidade moderada foi 23,5%, pesada 69,7% e severa 6,8%, respectivamente. Pode-se concluir que em jogos não-profissionais a intensidade de esforço dos árbitros de futebol está predominantemente no domínio pesado com poucos momentos no domínio severo.

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