Resumo

O propósito deste artigo é o de analisar o impacto esportivo e social causado pela entrada indiscriminada de jogadores de origens modestas no futebol do Rio de Janeiro da década de 1920.Em décadas anteriores, os jogadores eram modelos de um futebol estritamente amador. Vindos em sua maioria de famílias aristocráticas da zona sul, estes atletas eram símbolos de um esporte que primava pelo desenvolvimento moral e físico de uma nova elite urbano-industrial que se consolidava desde finais do século XIX.Contudo, o cenário esportivo carioca alterou-se significativamente. Com o aumento do retorno financeiro, os dirigentes dos clubes mais tradicionais começaram a apostar no talento de jogadores de origem mais modesta que se destacavam nos pequenos clubes.Chamados de “andorinhas” e “gaivotas”, estes atletas aproveitavam estas oportunidades para “voarem” de clube em clube. Os rendimentos financeiros e o reconhecimento social fizeram com que estes indivíduos rompessem gradativamente as fronteiras do amadorismo, contribuindo para o processo de profissionalização do futebol. Palavras-Chaves: Identidade, Jogadores de Futebol, Profissionalismo. 

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