Resumo

Introdução: A aprendizagem deve envolver aspectos como a resolução de problemas (COSTA, 2010) oriundos de situações táticas, provocando entendimento e versatilidade das diferentes funções, inclusive do levantamento, no Voleibol (HIRAMA et al. 2015). Objetivo: analisar como a mudança de referências funcionais influenciam o desempenho e ensino do levantamento. Metodologia: 2 grupos de universitários (pouca experiência com Voleibol) participaram de um jogo de 3 sets, cada set com uma orientação diferente, mas sempre no sistema 6x0. No 1º set jogaram como estavam acostumados, levantador na posição 3 e levantamento do meio da rede; no 2º set o levantador era o jogador da posição 4, mas o levantamento deveria ser realizado da saída de rede; no 3ºset o levantador era o jogador da posição 1 e o levantamento deveria ser realizado entre a saída e o meio de rede. Foram analisados nesse estudo a posição do levantador e do contato seguinte com a bola. Resultados: Ocorreram 107 ações de levantamento (1ºset=47/2ºset=34/3ºset=26). Como esperado, no 1º set houveram mais levantamento realizados no meio da rede (1ºset=28/2ºset=4/3ºset=4) e nos outros dois sets houve maior frequência de levantamentos na saída de rede (1ºset=4/2ºset=13/3ºset=13). Durante todo o jogo, com um pequeno aumento no 3º set, foram executados mais levantamentos para o meio de rede (1ºset=12/2ºset=12/3ºset=14). Conclusões: O baixo conhecimento processual leva o aluno a levantar para o jogador que estiver mais próximo (LIMA, COSTA e GRECO, 2010). Cada situação, como o surgimento do atacante de meio, apresenta uma necessidade tática, resultando na utilização de diferentes técnicas e estratégias, como variações nos levantamentos (HIRAMA et al. 2015), além de novos objetos de conhecimento (SANTANA, 2017). Vivenciar diversas situações proporciona uma aula mais rica (HIRAMA et al. 2015), que em longo prazo pode proporcionar diferentes aprendizagens (WILLIANS e HODGES, 2004).

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