Jogos Olímpicos 2016: o Que Será do Esporte Brasileiro?

Parte de Políticas Públicas e Esporte no Brasil . páginas 65 - 91

Resumo

O Brasil passa por momentos extremamente importantes, já que estamos nos preparando para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos (JO) de 2016. A partir da escolha do país para sediar estes dois eventos, muitos desafios e oportunidades surgiram. Uma das grandes oportunidades é que o esporte brasileiro pode sofrer transformações significativas, no entanto, nesse mesmo ponto nos deparamos com grandes desafios, já que, para que isso ocorra, é necessário repensar a maneira como o esporte nacional é tratado.

Com a aproximação dos eventos, as discussões sobre assuntos afins são inevitáveis e pertinentes, pois o momento é oportuno para um entendimento mais aprofundado sobre o desenvolvimento do esporte nacional.

Na parte introdutória “Rio de renovação”, em seu Caderno de Legado Brasil (2009b, Introdução), o Ministério do Esporte (ME) demonstra que um dos legados que os JO 2016 deixarão é o Legado Esportivo, que procura assegurar que:

Na vida posterior da cidade e do país, haja ampla disseminação da prática esportiva e da atividade física, notável avanço no desempenho olímpico brasileiro, eficiente qualificação de equipes técnicas, mais intercâmbio com outros países, pleno aproveitamento das grandes instalações esportivas que os jogos requerem e forte incremento da cadeia produtiva do esporte.

Da mesma forma, no Caderno de Legado Social, o ME (2009c, p.8) garante que, através de políticas públicas de inclusão social – já em curso ou ainda por serem adotadas pelos governos federal, estadual e municipal –, o acesso ao esporte, ao lazer, à cultura e à qualificação profissional constituirá o exercício do direito de cidadania e uma porta aberta para o futuro de milhares de jovens em situação de vulnerabilidade.