Resumo

O objetivo deste artigo é discutir duas abordagens teórico-conceituais do lazer. A primeira delas foi sistematizada no decorrer do século XX por autores de diferentes nacionalidades, principalmente euro-americanos e é considerada hegemônica por entender o lazer como contraponto do trabalho. A outra abordagem, ainda incipiente nos estudos sobre a temática, concebe o lazer como necessidade humana e dimensão da cultura constituída na articulação de três elementos fundamentais: a ludicidade, as manifestações culturais e o tempo/espaço social. Enquanto uma necessidade humana fundamental, o lazer pode ser satisfeito de múltiplas formas, segundo os valores e interesses dos sujeitos, grupos e instituições em cada contexto histórico, social e cultural. Assim, o lazer é uma prática social complexa que abarca uma multiplicidade de vivências culturais lúdicas contextualizadas e historicamente situadas. As discussões são finalizadas ressaltando a importância de considerar o lazer numa perspectiva contra-hegemônica e transformacional.

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