Resumo

Historicamente, a Educação Física tem sido vinculada à área da Saúde fundamentada em uma visão predominantemente biológica. Entretanto, nos últimos tempos, os enfoques que privilegiam as necessidades sociais em saúde têm conquistado mais espaço. Nesse sentido, o propósito deste trabalho foi buscar subsídios no campo da Saúde Coletiva - área que dialoga com as ciências humanas e sociais - para compreender os limites e as possibilidades da implementação das práticas corporais via o Sistema Único de Saúde (SUS). A referência documental, institucional e política foi o projeto Lazer e Saúde, promovido pela Prefeitura de Santo André, no ABC paulista. Metodologicamente falando, adotamos a pesquisa qualitativa de modo a enfatizar a análise temática. O material coletado - entrevistas, diário de campo e observações - foi organizado no formato de matriz planificada, que nos orientou na construção de dois eixos de análise: o primeiro, denominado análise temática, possibilitou a identificação dos principais temas surgidos a partir das entrevistas e suas respectivas relevâncias; o segundo, denominado análise do sujeito, permitiu a visualização dos resultados sob o ponto de vista de cada sujeito, ou seja, pelos dados colhidos nas entrevistas, foi possível promover um "diálogo" entre a Educação Física e a Saúde Coletiva. Os resultados apontaram a intersetorialidade como um dos principais temas no processo de implementação das práticas corporais no sistema público de saúde, evidenciaram a importância da aproximação entre campos de produção de conhecimento e, especialmente, o papel da Educação Física como protagonista na pesquisa e na intervenção quando se trata do processo saúde-adoecimento

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