Resumo

Rio de Janeiro, agosto de 2008

Os Jogos Olímpicos são uma combinação impressionante de espetáculo e competição, heroísmo e fatalidade, nacionalismo e globalização cultural. Todavia, há outro lado grandioso, revelado quando se observa o valor econômico dos Jogos Olímpicos. Há uma racionalidade que caminha em paralelo à organização das competições e à disputa de medalhas. São razões de Estado mescladas a interesses privados que, quando bem articulados, convergem para um planejamento rigoroso, capaz de transformar custos elevados em rentáveis dividendos políticos, econômicos e sociais, invisíveis aos olhos desatentos da maioria dos telespectadores. Por isso, o presente estudo se debruça sobre esse outro lado, analisando os planos, a realização e os impactos dos eventos sobre as regiões-sede e os países dos Jogos. Para contribuir neste sentido, o estudo toma três exemplos de edições dos Jogos Olímpicos (Barcelona, Sydney e Beijing) e analisa brevemente os principais aspectos microeconômicos do evento, tais como planejamento, logística, plano de marketing e equilíbrio financeiro. Também procura discutir a face macroeconômica dos impactos resultantes dos jogos, tais como as transformações locais no fluxo de recursos, na infra-estrutura e o surgimento ou o reforço de novas atividades produtivas, como o turismo. Além disso, dá ênfase ao impacto na geração de empregos, na relocalização de empresas e de setores de atividade, assim como à influência exercida sobre a economia da região que hospeda os Jogos

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