Resumo

Introdução: O handebol feminino brasileiro obteve conquistas internacionais impactantes na última década, no entanto, há pouca informação sobre a existência de um sistema relacionado à formação e desenvolvimento das atletas deste esporte no Brasil. A literatura tem apresentado evidências que a formação e desenvolvimento de atletas de sucesso perpassa pela cidade e data de nascimento, além da migração dos atletas durante suas carreiras. Tais evidências variam para cada esporte e cada país. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo entender a relação entre o local e data de nascimento, buscando investigar os efeitos destas informações na formação e desenvolvimento de atletas do handebol feminino no Brasil. Metodologia: Foram analisados os dados de jogadoras que compuseram as seleções Olímpicas em Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020. Foi utilizada uma abordagem quantitativa-descritiva a partir de informações e dados documentais relacionados às cidades e datas de nascimento das atletas, coletadas junto ao portal do COB e/ou portais especializados em Jogos Olímpicos. Resultado: Foi possível observar que a região sudeste e região sul, foram as principais quanto à formação de atletas de sucesso na modalidade. Também foi possível observar que a maioria das atletas nasceram no segundo semestre do ano, não evidenciando o que tem sido identificado por estudos de idade relativa e esporte. Conclusão: O estudo identificou que há regiões responsáveis por formar mais atletas que outras, supondo a existência de polos da modalidade no país, com provável oferta de maior estrutura para a modalidade. Além disso, nota-se que a idade relativa não é algo que pareça ter grande influência nas carreiras de sucesso desta modalidade. De qualquer forma, como em outros esportes, há um desequilíbrio entre as regiões brasileiras identificadas. Dado o exposto, é necessário estudos com mais profundidade que busquem identificar a trajetória das atletas e relacionar tais dados com fatores críticos de sucesso

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