Resumo

Nas últimas décadas, é expressivo o conjunto de pesquisadores que tem se preocupado em analisar o fazer pedagógico que consubstancia a construção dos currículos da Educação Física escolar. No âmbito da cultura corporal, identificamos por meio de inúmeros relatos de experiência que as atividades circenses têm sido tematizadas na escola em diferentes segmentos de ensino, ressaltando seu amplo potencial formativo (CHIQUETO, FERREIRA, 2008; TAKAMORI et al, 2010). Ademais, a produção acadêmica contemporânea reflete como muitos docentes tem oportunizado o Circo enquanto conteúdo de ensino, os desafios encontrados e as perspectivas dessa aproximação (ONTAÑÓN; DUPRAT; BORTOLETO, 2012). Para Caramês, Silva e Rodrigues (2012), as atividades circenses por suas características lúdicas, simbólicas e desafiadoras possibilitam o estímulo ao desenvolvimento da expressividade e da gestualidade das crianças. Entretanto, Ontañón (2016) defende que o Circo na escola precisa contemplar a contextualização dos saberes, a fim que o tratamento pedagógico não seja superficial ou mesmo se restrinja aos aspectos procedimentais. É fundamental que os alunos compreendam os códigos que envolvem a arte circense, o processo histórico de sua constituição, seus sujeitos e perspectivas, respeitando esta arte como patrimônio cultural da humanidade. Todavia, o trabalho com o Circo não pode estar “descolado” do planejamento curricular, mas integrado inclusive ao projeto político- pedagógico da escola.

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