Resumo

INTRODUÇÃO

Este estudo se localiza nos Estudos de Gênero na Educação Física (EF). Interpretamos o gênero como categoria relacional, que combate a naturalização das diferenças e o binarismo, buscando compreender os processos pelos quais a anatomia dos corpos é tomada como causa e explicação de desigualdades em espaços como a Educação Física escolar (EFe) (GOELLNER, 2014). Historicamente a EFe cumpriu o papel de socializar corpos masculinos e femininos nas práticas corporais, colaborando para a construção de estereótipos e preconceitos a partir da generificação de seus conteúdos. Enquanto um conteúdo generificado como masculino, pelas características como combate, tolerância à dor e competição, as lutas reproduzem relações de poder na EFe, quando meninos tendem a ser protagonistas (ALTMAMN, 2015). O ensino das lutas ainda gera desafios aos docentes, que têm mantido este conteúdo à margem da EFe por falta de vivência pregressa com lutas antes da graduação; lacunas na formação em EF; associação das lutas com a violência ou falta de infraestrutura/materiais (NASCIMENTO, ALMEIDA, 2008; FONSECA, FRANCHINI, VECHIO, 2013; LOPES, KEER 2015). Para tal, a pesquisa tem como problema responder: Como se dá a abordagem do conteúdo generificado de lutas na EFe por docentes com vivência pregressa desta prática corporal ao curso superior?

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