Resumo

O treinamento esportivo é uma ciência ligada a diversas áreas do conhecimento, que prevê a realização de avaliações em atletas para mapear suas habilidades, o progresso do desempenho, minimizar o risco de lesões e planejar os treinos de forma adequada. Por isso, é imprescindível a integração entre a ciência e a prática. O objetivo deste trabalho foi descrever o estado atual das avaliações aplicadas a atletas de alto rendimento (AAR) e propor um modelo progressivo de avaliações para otimizar as testagens realizadas pelas OEO. Foram avaliados 197 atletas do Programa de AAR das Forças Armadas, com idade de 28,22 ± 5,11 (média de idade ± desvio-padrão), por meio de um questionário online, com erro amostral inferior a 5%. Os homens totalizaram 72,32% da amostra, sendo que 61,02% dos integrantes pertencem a seleções nacionais. Os dados mostram que 44,86% realizaram avaliações mais de uma vez na temporada; 33,81% responderam não ter feito nenhum controle do estado de hidratação; e apenas 16,11% passaram por testes estabilométricos. No total, 66,67% dos entrevistados realizaram testes de análise de movimento, sendo que metade deles com utilização de softwares; outros 12,34% não fizeram nenhum hemograma. Além disso, exames que avaliam possíveis alterações hepáticas e renais deixaram de ser realizados em vários atletas. Portanto, pode-se concluir que boa parte dos atletas nacionais não vem cumprindo a agenda completa de testes, e, por vezes, sequer são testados. Sendo assim, deve-se buscar a integração das comissões técnicas com os avaliadores. Com a criação de módulos de avaliação para cada modalidade e o gerenciamento de informações, será possível orientar ações futuras e criar referências para o esporte nacional. 

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