Resumo

Abrir um descortinio para o arcano

A disposição para se fazer história, ou para se ler o mundo como um dispositivo historiador, parte, antes de mais. de uma disposição radical para ler, ver, ouvir e contar ... o outro. Mesmo que tenhamos de nos haver com o nosso medo de enfrentar aqueles e aquelas que, em algum momento, se tornam fantasmas, de nós mesmos ou da sociedade; mesmo que tenhamos medo de pensar esse outro no tempo de nosso próprio pensamento1. O tempo do nosso pensamento é o tempo da historiografia, da escrita da história, o que, inevitavelmente, remete-nos à formidável simplicidade da grande dificuldade explicitada por Michel de Certeau: se é história e se e escrita, que aliança é esta? Como articular o real e o discurso ? Antes de pensar na problemática da escritura [mesmo sabendo que a história só se faz no momento mesmo da escrita], estabeleçamos que ler, ver e ouvir são - metodologicamente - gestos preliminares (mesmo que amparados em teoria) que nos permitirão constituir as fontes, a partir das quais construiremos o discurso

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