Resumo

Desde 1920, quando enviou uma delegação pela primeira vez aos Jogos Olímpicos, o Brasil já foi representado por 2.111 atletas. Parte deles nasceu fora do país e é brasileira nata, por questões de ancestralidade familiar, ou naturalizada. Este texto discorre sobre Radvilas Gorauskas, que nasceu na Lituânia, imigrou para o Brasil no fim da década de 1940 e atuou como pivô pela seleção brasileira de basquete nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Refere-se ainda a Mindaugas, irmão de Radvilas, também nascido na Lituânia e atleta da seleção brasileira de basquete, por meio de quem a história do membro olímpico da família pode ser resgatada. O objetivo desse artigo é recuperar a memória da carreira esportiva de Radvilas, contextualizando todo o processo de deslocamento e a imigração desencadeada pela Segunda Guerra Mundial da família Gorauskas. O método utilizado baseia-se nas narrativas biográficas, e a entrevista com Mindaugas é a principal referência para a realização do trabalho, além de objetos biográficos trazidos pelo entrevistado. Conclui-se que a recuperação de um universo informativo é possível quando um narrador ainda vivo compartilha suas memórias. A entrevista com Mindaugas revelou dados pouco ou nada conhecidos não apenas sobre o processo migratório da família Gorauskas para o Brasil, como também do basquetebol das décadas de 1960 e 1970.

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