Mobilidade Articular dos Dedos Não Lesados Pós-reparo em Lesão dos Tendões Flexores da Mão
Por R. B. Rabelo (Autor), M. C. R. Fonseca (Autor), N. Mazzer (Autor), V. M. C. Elui (Autor), C. H. Barbieri (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisioterapia v. 12, n 5, 2007. Da página 377 a 382
Resumo
OBJETIVO: Verificar a amplitude de movimento (ADM) em mãos que sofreram reparo tendinoso dos músculos flexores superficial e profundo dos dedos, comparando os dados de cada dedo na mão lesada e entre mãos lesadas e não lesadas. MÉTODOS: Foi realizada a goniometria ativa em 15 pacientes e 120 dedos, 60 dedos de mãos lesadas e 60 de mãos controle não lesadas. Os sujeitos foram avaliados no momento da retirada da tala gessada, tendo sido realizada a movimentação precoce pelo método de Duran modificado. A partir dos dados goniométricos, foram registrados os valores do índice TAM (Total Active Motion) dos dedos nas mãos lesadas e controle. Para análise dos dados, foi acessada a fórmula de índices funcionais proposta pela American Society for Surgery of the Hand (ASSH) e para cálculo estatístico, foi escolhido o Modelo de Efeitos Mistos. RESULTADOS: A fórmula da ASSH para os dedos lesados mostrou que 18,33% tiveram a classificação do movimento "bom", 18,33%, "regular" e 63,34%, "pobre". Foram comparadas as médias das medidas em graus de todos os dedos entre si dentro de cada grupo, controle ou lesado, e as médias das medidas entre os grupos, encontrando-se um p-valor significante apenas entre os grupos controle e lesado. Não houve diferença estatística entre o TAM de cada dedo na mão lesada. CONCLUSÃO: Independente de quantos dedos tenham sofrido lesão tendinosa em uma mão, os dedos não lesados também terão suas ADMs ativas diminuídas no período logo após a retirada da imobilização.