Resumo

ntrodução: A autodeterminação tem sido apontada como um importante construtor de bem-estar, autoestima e competência. A Teoria da Autodeterminação (TAD) mostra a importância do desenvolvimento da autodeterminação para a melhora dos níveis de competência, desempenho e empenho em atletas e praticantes de exercício físico. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar a relação entre as regulações de motivação, a autoestima e o perfil socioeconômico de praticantes de Sanda do Vale do São Francisco. Métodos: Foram selecionados para participar do estudo todos os praticantes dos Centros de Treinamento de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), totalizando 48 indivíduos. Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Regulação de Conduta no Exercício (BREQ-2), a Escala de Autoestima de Rosenberg e o Questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Para a análise dos dados, foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, “U” de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman. A significância adotada foi de p<0,05. Resultados: Os resultados evidenciaram que não houve diferença significativa (p>0,05) na motivação e autoestima dos praticantes de Sanda em função sexo, estado civil, tempo de prática e nível socioeconômico. Foram encontradas as seguintes correlações significativas (p<0,05): Regulação Identificada e Regulação Introjetada (r=0,26); Regulação Identificada e Desmotivação (r=-0,28); Regulação Introjetada e Regulação Externa (r=0,24); Regulação Externa e Amotivação (r=0,53); Amotivação e Nível socioeconômico (r=-0,22); e Autoestima e Nível socioeconômico (r=0,19). Conclusão: Concluiu-se que o sexo, o estado civil, o tempo de prática e o nível socioeconômico não são fatores intervenientes na motivação e autoestima de adultos praticantes de Sanda. Ressalta-se que foi encontrada uma relação diretamente proporcional entre o nível socioeconômico e a autoestima dos sujeitos e uma relação inversamente proporcional entre o nível socioeconômico e a desmotivação, indicando que quanto maior o poder aquisitivo, maior a autoestima e menor a desmotivação para a prática de exercício.

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