Resumo

A pergunta central que o tema do debate parece chamar, que aguça nossa reflexão, poderia ser expressa no sentido de se questionar qual o papel que o movimento social deve exercer na conjuntura atual, que nos coloca frente a tantos desafios, tantas inquietudes, em um país que vive (mais) um momento decisivo em sua história. isso se torna mais inquietante na medida em que podemos considerar, exagerando um pouco, que no Brasil, onde a miséria cresce a olhos vistos, e onde cada vez mais é difícil ter utopias que nos aliviem do peso do contingencial, todos os momentos são decisivos. 

Neste sentido, qual o papel que o Movimento Estudantil pode exercer frente às tensões que se colocam na ordem econômico-social capitalista, sobretudo em um momento que o socialismo parece ser "ideologia anacrônica" (para usar uma expressão cara aos oportunistas) e as políticas neo-liberais são pintadas com as cores da modernidade? Como contribuir com a ruptura em uma sociedade onde tudo parece girar em torno da manutenção da ordem instituicional burguesa? Lembrando Walter Benjamim: " A Tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de excessão em que vivemos é na verdade regra geral". 

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