Resumo

O objetivo deste trabalho foi estudar a influência de agentes de socialização na prática de esportes de mulheres universitárias, partindo de uma visão geral da participação da mulher brasileira em esportes de nível competitivo, desde uma caracterização do esporte, os preconceitos que envolvem a mulher esportista e as principais objeções feitas através de mitos sobre a menstruação e gravidez. Foram descritos aspectos das dificuldades encontradas para o inicio de atividades num campo marcadamente dominado por homens. Registrou-se o inicio sempre posterior de esportes competitivos para mulheres nas diversas modalidades esportivas e a baixa representatividade das mulheres nas delegações esportivas brasileiras. Foram detectadas expectativas quanto, aos esportes estudantis e a participação da mulher negra. Um grupo de 120 atletas compôs uma amostra randômica entre as participantes dos Jogos Universitários Brasileiros realizados em São Luis do Maranhão em julho de 1981. A essa amostra foi aplicado o questionário Greendorfer, de alternativas fixas com base em quatro classes. de variáveis: 1) atributos pessoais 2) agentes socializantes, 3) situações socializantes e 4) envolvimento esportivo. Foi testada a hipótese de preponderância ,dos pais sobre os outros agentes de socialização quanto aos itens: 1) quanto os agentes estavam envolvidos em esporte, 2) quanto as, pessoas eram interessadas em esporte, 3) quanto os agentes encorajaram a prática e 4) quanto os agentes desencorajaram a prática esportiva. No grupo testado não foi encontrada influência preponderante dos pais sobre os outros agentes, em qualquer item, nas três fases da vida esportiva (infância adolescência e atual). O conjunto de agentes mostrou atuação significativa na adolescência apenas quanto ao grau de interesse esportivo e encorajamento à prática.

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