Resumo

Das disputas em mar aberto à utilização dos “supermaiôs” 

Atividades físicas na água existem praticamente desde o surgimento da espécie homo sapiens. Era muito comum que civilizações antigas, por exemplo, usassem técnicas de nado para conseguir alimentos. Pinturas e grafites provam isso ao retratar egípcios em atividades aquáticas. Na mitologia grega, aventuras na água são comumente lembradas.

Logicamente, isso nada tem a ver com o surgimento da modalidade esportiva chamada Natação, embora, para lhes aferir tradição, a maioria das fontes adota o discurso da relação íntima deste esporte com práticas remotas.

Outra relação feita é com o nado utilizado como forma de educação da juventude ou treinamento ginástico. Este último a partir do século XVIII, quando o educador Guts-Muths agregou esse tipo de atividade ao Turn (movimento ginástico alemão), que tinha na nele o maior incentivador.

A primeira iniciativa em torno da prática que pode ser considerada um passo para uma aproximação ao esporte moderno foi a criação, em 1869, da Associação de Natação Amadora (ANA), que era uma entidade responsável por agregar nadadores em busca de diversão e pescadores ávidos por maior segurança em relação a sua prática profissional.

Contudo, aquela instituição ainda não era um alicerce capaz de consolidar o esporte em questão, já que seus objetivos eram o de preparar pescadores para uma atividade produtiva mais segura ou possibilitar uma prática mais satisfatória ao povo, não tendo, assim, caráter competitivo.

Cerca de duas décadas mais tarde, alguns ingleses começaram a disputar provas aquáticas em busca da quebra de recordes, fator característico do esporte como se conhece hoje. Nessa época, pósRevolução Industrial, havia aflorado na Inglaterra um movimento conhecido como boom esportivo, por meio do qual várias práticas tornaram-se competitivas e instituições regulamentadoras foram fundadas. Com a natação não foi diferente, sendo criada a Sociedade Nacional de Natação da Grã-Bretanha. 

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