Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar os níveis de ansiedade, coesão grupal e as
relações com o desempenho de competidores, atletas e comissão técnica de
voleibol.A amostra foi intencional e composta por competidores (n=69), atletas
(n=64) e comissão técnica (n=05), todos do gênero masculino com idade média
de 24,3 + 6,1. Os instrumentos utilizados foram o SCAT (Sport Competition
Anxiety Test) para a verificação da ansiedade-traço, o CSAI-2 (Competitive
State Anxiety Inventory-2) para a verificação da ansiedade-estado (cognitiva,
somática e auto-confiança) e o questionário de coesão esportiva de Carron
para a verificação dos níveis de coesão existentes nos grupos. Para a análise
dos resultados, foram utilizados tratamentos estatísticos descritivos de média,
desvio padrão, freqüência, porcentagem e teste t de Student (p < 0,05) através
do programa Excel 2000. Foram encontrados níveis de ansiedade-traço médios
para os atletas e médios baixos para a comissão técnica. Já os níveis de ansiedadeestado: cognitiva e somática foram maiores para atletas do que comissão técnica;
auto-confiança foram maiores para comissão técnica do que atletas. Com relação
à idade, os competidores mais jovens (16-22 anos) apresentaram níveis da
ansiedade-traço mais altos do que os competidores com mais idade (23-41
anos). De acordo com as posições de especialização os líberos obtiveram níveis
mais altos de ansiedade-traço e ansiedade-estado cognitiva e somática das demais
posições. Os níveis de coesão grupal apresentados foram classificados em geral
como altos (X=7,2) e de acordo com a colocação das equipes no campeonato,
como médio para a 1ª colocada e alto para a 2ª e 3ª. Conclui-se que os
sentimentos interpessoais e a coesão grupal mudam acentuadamente durante
uma competição devido a diversos fatores, incluindo aqui o sucesso da equipe.
Essas prováveis mudanças devem ser analisadas pela comissão técnica de uma
equipe para que os ajustes e mudanças sejam feitos no comportamento do
competidor.

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