Resumo

O brincar é uma forma pela qual a criança pode expressar seus desejos, construir situações e estabelecer relações entre os objetos, com os outros e com o mundo. É pelo brincar também que a criança se movimenta e explora suas capacidades motoras. O objetivo do presente estudo foi analisar a frequência de ações motoras, interação social e tipos de brincadeiras desempenhadas pelas crianças durante o brincar livre na brinquedoteca. Quarenta e duas crianças entre 4 e 5 anos foram observadas de forma individual, in loco, durante um período de tempo de 10 minutos, no brincar livre numa brinquedoteca. Foi verificado que as crianças realizam mais ações manipulativas (52,27%), seguidas por ações locomotoras (31,56%) e por fim ações de estabilidade (16,17%). As ações mais apresentadas pelos meninos sequencialmente foram: ações manipulativas finas, parados um momento sem ação, correr, andar e conduzir. As meninas apresentaram ações manipulativas finas, segurar, paradas, andar e engatinhar. Em relação aos brinquedos, as crianças utilizaram aproximadamente em metade do tempo e quando utilizaram foram: carrinhos, utensílios domésticos e bonecos(as). Os tipos de brincadeiras ocorreram com esses brinquedos, mas também permaneciam paradas, não apresentaram brincadeiras, seguido de miscelânea. Tanto os meninos quanto as meninas permaneceram na maioria do tempo sozinhos, sendo que as meninas permaneciam com uma menina e os meninos com um ou dois meninos. O teste estatístico Correlação de Spearman (rho) apresentou que a escolha do brinquedo influenciou no comportamento motor da criança e que a interação social influencia no tipo de brincadeira. Com as análises dessas variáveis, podemos inferir que a brincadeira é solitária, não há diversificação de brinquedos e que principalmente o contexto influencia na ação motora da criança

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