Resumo

O presente artigo tenciona investigar a gênese da rivalidade entre os clubes de futebol do Palestra Itália e Athletico Mineiro, nos anos de 1921 a 1942, na cidade de Belo Horizonte-MG. Para além da rivalidade propriamente dita, voltamos nosso olhar para outros elementos que orbitam em torno dela, constituindo as experiências dos sujeitos e do torcer. Para tanto, utilizamos as fontes localizadas nos periódicos publicados pela imprensa no período supracitado. Assim, jornais pertencentes a acervos como Hemeroteca Pública do Estado de Minas Gerais, Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, Arquivo Público da Cidade e a Coleção Linhares foram consultados. Neste sentido, as notas, colunas e seções que tratam dos embates entre Palestra e Athletico tornaram-se a matéria-prima para a elaboração desta narrativa. Podemos perceber que a imprensa colaborou, sobremaneira, na construção de uma tradição inventada para alavancar o espetáculo esportivo/futebolistico. Nestes meandros, a tentativa de um controle das condutas emerge na forma de uma “educação para o torcer”, ditando um modelo adequado de se portar, mas ao mesmo tempo, alimentando o ideário de uma rivalidade que pudesse se consolidar e marcar o cotidiano dos sujeitos envolvidos nela.

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