Resumo

As práticas integrativas e complementares consistem em política do Ministério da Saúde do Brasil em 2006, contemplando cinco práticas em sua origem. Contudo, é apenas no ano de 2017 que o yoga passa a fazer parte dessa política. Esta pesquisa aborda aspectos históricos das práticas integrativas e complementares entrelaçando-a com o yoga. Apesar da recente inserção, o yoga é uma prática milenar e difundida pelo Ocidente, por isso, a necessidade de compreender os praticantes ocidentais do yoga. Nesse sentido, a pesquisa objetiva compreender a construção do corpo de yogis do Núcleo de Yoga Professor Hermógenes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com vista a identificar as contribuições para a Educação Física. Além disso, identifica e discute as percepções e compreensões dos praticantes sobre corpo, bem como os efeitos das práticas corporais para seus usuários. A pesquisa tem por fundamento o método fenomenológico de Maurice Merleau-Ponty, por meio da estratégia do fenômeno situado, por isso houve o deslocamento da pesquisadora para o mundo vivido do yoga de quinze entrevistados com base no diálogo a partir de entrevistas semiestruturadas. Os entrevistados apontaram suas percepções e compreensões relacionadas ao corpo. O estudo apresenta o corpo como sujeito em sua totalidade, nessa perspectiva, discute as motivações e percepções dos entrevistados que apontam suas transformações, os cuidados e estímulos à permanência em vivenciar o yoga. Este estudo contribui para área da Educação Física por emergir um novo olhar sobre essa prática corporal, apresentando resultados da importância do yoga para o seu praticante em virtude de ampliar o olhar do yogi para a compreensão de quem se é, transmutando para uma percepção que valoriza o ser, as relações, os significados e os símbolos das vivências realizadas no contexto investigado.

Referência: AGUIAR, Milena de Oliveira. O corpo e o Yoga: reflexões fenomenológicas e implicações para a Educação Física. 2019. 160f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.

Acessar