Resumo

A prática de actividades físicas em altitude tem sofrido um aumento significativo ao longo dos últimos anos. Estas actividades, de que são exemplo o montanhismo, o alpinismo e o esqui, implicam a exposição esporádica ou prolongada dos “turistas de altitude” a ambientes de hipóxia hipobárica e, em consequência, induzem elevada agressão orgânica. No presente trabalho serão descritas as adaptações fisiológicas agudas e crónicas que ocorrem (i) nos sistemas respiratório e circulatório, (ii) nos componentes hematológicos e (iii) na morfologia e metabolismo musculares, com o objectivo de atenuar os efeitos fisiológicos da rarefação do oxigénio no ar atmosférico, possibilitando a permanência e a funcionalidade do Homem nestes locais hostis. Na perspectiva do rendimento desportivo, serão abordados, de forma sumária, o efeito fisiológico e os benefícios para o desempenho ao nível do mar decorrentes do denominado “treino em altitude”. Palavras-chave: Altitude, hipóxia, adaptações fisiológicas agudas, adaptações fisiológicas crónicas, treino em altitude.