Resumo

OBJETIVO: O presente estudo teve o objetivo de comparar o gasto calórico (GC) e os efeitos agudos nos protocolos de treinamento de força (TF) bi-set, drop-set e tradicional. MÉTODOS: Quinze homens adultos treinados (idade: 29,7  6,1 anos; estatura: 176,6  4,5 cm; massa corporal: 83,8  7,5 kg), inicialmente realizaram testes de uma repetição máxima (1RM) no supino reto e inclinado para determinar as cargas de treinamento e familiarizar-se com os exercícios usados durante o estudo. Na sequência, os participantes foram submetidos a três sessões randomizadas separados por sete dias, nas quais todos os participantes foram avaliados nos três protocolos de treinamento: 1) drop-set (10 repetições no supino reto com 70% de 1RM, seguido da redução da carga para 50% de 1RM e completaram mais 10 repetições); 2) bi-set (10 repetições no supino reto com 70% de 1RM, seguido de 10 repetições com 60% de 1RM no supino inclinado) e; 3) tradicional (20 repetições no supino reto com 60% de 1RM). Um aquecimento foi realizado antes de todos os protocolos. O GC, custo energético da atividade física (METs), consumo de oxigênio (VO2), produção de dióxido de carbono (VCO2), quociente respiratório (QR), percentual de gordura e carboidratos utilizados foram determinados por um aparelho metabólico portátil (K5b2 Cosmed). As respostas perceptivas foram determinadas por meio da  percepção subjetiva de esforço (PSE), através da escala OMNI-RES após cada série. O lactato sanguíneo foi avaliado nos seguintes momentos: basal e um, três e cinco minutos após a última série. Os dados foram analisados por ANOVA de medidas repetidas juntamente com post hoc de Bonferroni para as variáveis paramétricas, enquanto as não-paramétricas foi utilizado a análise de Kruskal Wallis. RESULTADOS: Os resultados apresentaram efeito significativo do bi-set no GC relativo (6,9  0,9 vs. 5,9  0,8 kcal.min-1.kg-1), METs (4,6  0,6 vs. 3,9  0,5 kcal.min-1.kg-1), VO2 (16,2  2,1 vs. 13,7  1,7 kcal.min1.kg-1), utilização de gordura (3,2; 0,3-23,0 vs. 0,8; 0,0-3,3 %) e carboidratos (96,7; 77,0-99,6 vs. 99,1; 96,6-100,0%) quando comparados ao método tradicional. Um efeito significativo do bi-set no GC total (42,4  6,0 vs. 36,5  4,4 vs. 32,0  4,4 kcal), QR (1,1; 1,0-1,2 vs. 1,2; 1,1-1,4 vs.  1,2; 1,1-1,4) e tempo total da sessão (378,0; 366,0-402,0 vs. 350,0; 328,0-393,0 vs. 330,0; 318,0-358,0 s) foi observado quando comparados ao drop-set e ao método tradicional. Também apresentou uma diferença significativa do drop-set no tempo total da sessão (350,0; 328,0-393,0 vs. 330,0; 318,0-358,0 s) em relação ao método tradicional. O volume, VCO2, lactato e PSE não apresentaram diferenças significativas entre os testes. CONCLUSÃO: O protocolo do bi-set mostrou ser o mais eficiente em produzir elevado GC comparado ao drop-set e tradicional. O bi-set  teve um acréscimo nos METs, VO2, QR e na utilização de gordura como fonte de energia.


 

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