Resumo

O Exército Brasileiro (EB) realiza sessões de Treinamento Físico Militar (TFM) para desenvolvimento, manutenção e recuperação de padrões de desempenho físico de seu pessoal. Sua condução é fundamentada no C 20-20 (Manual de TFM). Precedendo o trabalho principal de uma sessão de TFM, é realizado um aquecimento, composto de alongamento e exercícios de efeitos localizados que podem ser estáticos ou dinâmicos. Fazem parte do trabalho principal, as sessões neuromusculares, das quais se destaca a musculação. A realização de um aquecimento apropriado permite a execução mais adequada do trabalho de força. O presente estudo comparou o efeito dos aquecimentos estático e dinâmico, bem como do alongamento, sobre o teste de força máxima em alunos do Instituto Militar de Engenharia (IME). A amostra foi composta por 30 alunos do IME, do sexo masculino, com idade 19,58 ± 1,46 anos e massa corporal 67,31 ± 8,34 kg. Para avaliação da força máxima, foi realizado o teste de uma repetição máxima (1RM) no exercício de supino horizontal. O grupo não tinha experiência em musculação. A atividade foi realizada em três dias, com intervalos de 48 horas. No primeiro dia, foi conduzido, com toda a amostra, somente o alongamento (AL), seguido do teste de 1RM. Nos demais dias, antecedendo o teste, foram realizados os aquecimentos estáticos (AE) e dinâmicos (AD), compostos do mesmo alongamento e dos respectivos exercícios de efeitos localizados. Nas três situações de estudo, para o início do teste de 1RM, observou-se o intervalo de até um minuto. Foram realizadas até três repetições no supino horizontal, intercaladas por três minutos de intervalo recuperador. Na realização do AL, foi obtido um resultado no teste de 1RM de 74,6 ± 15,96 kg, enquanto que no AE, 74,33 ± 16,27 kg e no AD, 74,87 ± 15,87 kg. Para apreciação das médias foi utilizada a ANOVA one way que não constatou diferenças significativas entre as formas de aquecimento (p= 0,992). Pelo teste post-hoc de Tukey, constatou-se a homogeneidade dos resultados no exercício de supino horizontal (p= 0,991, para α ≤ 0,05). Da análise dos dados, conclui-se que não houve diferença significativa no efeito provocado pelas diferentes formas de aquecimento sobre o teste de força máxima. Sugere-se, não só a realização de novos estudos com amostra experiente no trabalho contra-resistência, como também a aplicação de teste com características distintas do ora apresentado. Palavras-chave: Aquecimento, Alongamento, Teste de Força Máxima.

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