Resumo

Introdução: Em basquetebol, para além do trabalho específico das habilidades motoras, técnicas e tácticas próprias do jogo, há que cuidar dos aspectos directamente relacionados com a força muscular, que se assume como uma capacidade importante para aumentar o rendimento dos jogadores de basquetebol, em particular quando se refere à manifestação explosiva da força em crianças pré-púberes. Foi propósito do nosso estudo reflectir, essencialmente, sobre as questões relacionadas com o desenvolvimento da força explosiva em jogadores de basquetebol (pré-púberes), aplicando um treino de força (pesos livres), tentando perceber os seus efeitos, por oposição à não utilização de qualquer tipo de treino com cargas. Metodologia: Metade dos atletas realizou durante oito semanas três sessões normais de treino de basquetebol (grupo de controlo: GC, n = 10; 10 a 13 anos de idade). Os restantes sujeitos que fizeram parte do grupo experimental (GE, n = 10; 10 a 13 anos de idade), para além do treino regular de basquetebol (três vezes por semana), foram submetidos, antes de cada sessão de treino, a um trabalho de força com pesos livres (frequência bi-semanal). Os sujeitos foram testados no pré e pós-treino, nos indicadores: salto vertical sem contramovimento (SV) e com contramovimento (SCM). Os procedimentos estatísticos utilizados foram: média aritmética, desvio padrão, análise da variância (ANOVA), análise da covariância (ANCOVA) e o t-teste para análise de amostras correlacionadas. Foi aceite um nível de significância de 5%. O programa estatístico utilizado foi o SPSS.10. Resultados: Os resultados finais indicaram que o GE melhorou significativamente a força explosiva medida através do SV e no SCM. Em contrapartida, o GC incrementou os mesmos indicadores de força explosiva (SV e SCM), sem expressão estatisticamente significativa. Conclusões: a) O GE melhorou de maneira significativa a força explosiva medida através do SV e do SCM, não ocorrendo idêntica significância com o GC; b) um trabalho ligeiro de força dinâmica com pesos livres pode ser eficaz em crianças de 10 a 13 anos de idade para a melhoria da capacidade de salto vertical; c) os incrementos obtidos na impulsão vertical foram conseguidos sem haver necessidade de realizar-se o trabalho dito “pliométrico”.

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