Resumo

O presente estudo teve por objetivo analisar a agenda e a configuração das políticas de esporte e de lazer do Ministério do Esporte (ME) no Governo Luís Inácio Lula da Silva, no contexto dos megaeventos esportivos, em especial, dos Jogos Olímpicos. Trata-se de uma investigação com abordagem qualitativa realizada por meio de revisão bibliográfica e de pesquisa documental. Como resultado, percebeu-se que o esporte encontra-se totalmente inserido na lógica de produção e reprodução do capital, tendo o referido Governo como agente de contribuição principal, ou seja, as ações estatais hegemonizadas pelo Partido dos Trabalhadores vêm legitimando o esporte como um não direito, direcionando os recursos para o esporte-espetáculo, estabelecendo ordenamento com viés mercantil e implementando políticas esportivas focalizadas, precárias para os pobres. Em tal cenário, o empreendimento Jogos Rio 2016 contribui para que o Estado ampliasse a presença do fundo público em ações de interesse do capital, ao invés de atender as necessidades humanas, inserindo a cidade do Rio de Janeiro e o país no fluxo mundial de circulação de capital. 

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