Resumo

Estima-se que 10 a 15% dos catarinenses sejam portadores de alguma for ma de deficiência e que, destes, aproximadamente 3% tenham Síndrome de Down (SD). Este estudo teve como objetivo caracterizar esta população (pessoas com SD) quanto aos aspectos pessoais, familiares, educacionais e do seu esti­lo de vida (incluindo atividades da vida diária e prática de atividades físicas). Foram distribuídos, através das principais instituições educacionais do estado, quatro mil questionários que deveriam ser preenchidos pelos pais ou professores. Houve um re­torno de 687, sendo 408 de sujeitos do sexo masculino (16,2 ± 11,8 anos) e 279 refe­rentes a sujeitos do sexo feminino (16,7 ± 12,6 anos). Os resultados gerais indicam que: a) nasceram, em média, com 2,94 kg e 47,09 cm, começando a andar, aos 36,9 meses-, b) 9% são filhos únicos, 42% tem entre 1 -3 irmãos e 49% tem mais de 3 ir­mãos-, c) apenas- 7,61% dos sujeitos com mais de sete anos são alfabetizados-, d) 83% participam de aulas de Educação Física, mas apenas 31,2% (n = 162) praticam espor­tes fora das instituições (37,8% no sexo masculino e 21,6% no feminino) - dados que se assemelham aos da população brasileira em geral. Observou-se uma participação muito pequena destes indivíduos no ensino regular, confirmada pelo baixo índice de alfabetização. Confirma-se uma grande variabilidade interindividual. Ainda há pouco envolvimento do portador da SD em formas de lazer ativo, estando as atividades ainda muito centradas em formas passivas, como ouvir música e assistir TV.

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