Resumo

O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) caracteriza-se por defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção hepática de glicose. O exercício físico aparece como uma das principais formas de prevenção e controle do DM2. A literatura vem sugerindo que os MicroRNAs circulantes (126, 146a e 155), apresentam uma relação inversamente proporcional entretaxas glicêmicas e o estado pró-inflamatório decorrentes do DM2. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar o efeito agudo de dois tipos de intervenções (cardiovascular e neuromuscular) sobre as concentrações circulantes totais dos miRs 126, 146a e 155 em idosos portadores do DM2. Participaram do estudo 23 idosos (68,23±5,31 anos), de ambos os sexos, sendo 13 portadores do DM2 (controlados) e dez assintomáticos denominados, respectivamente, Grupo 1 e 2. Estes foram submetidos a dois tipos de intervenções: circuito neuromuscular e caminhada orientada, realizadas com a intensidade entre 60% a 70% da frequência cardíaca de reserva. A expressão dos miRNAs foi realizada através do método Real Time Quantitative PCR (qPCR) e foi adotado a análise de covariância (ANCOVA) considerando as medidas basais como co-variável. Em todas as análises foi utilizado nível de significância de 5%. Enquanto principais resultados verificam-se que a baseline (co-variável), está significativamente relacionada com a magnitude do efeito do miR-146a frente a intervenção neuromuscular F (1, 23) = 166,31; p<0,001. Também houve um significativo efeito nos níveis circulantes do miR-146a em face de o paciente ser ou não diabético com elevações substancialmente maior que os incrementos exibidos pelo os não diabéticos, frente a intervenção 1, verificando-se F (2, 23) = 54,33; p<0,001. Conclui-se que a intervenção neuromuscular, quando realizada em forma de circuito, altera os níveis circulantes totais do miR-146a, com elevações significativamente maiores entre diabéticos quando comparado com a variação observada em sujeitos controle

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