Integra

Bom dia a todos que me ouvem.

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o retorno do podcast anterior, a maioria deles me dizendo que suas “caixas de brinquedo” precisam ser melhor preenchidas! Que bom!

Nesta semana o tema do podcast é “O Fenômeno Jogos Olímpicos”.

Trata-se do maior evento cultural-esportivo do mundo e, neste ano em particular, devido ao seu adiamento e as condições nas quais vem sendo realizado em razão da pandemia que não quer nos dar trégua tão cedo, parece estar recebendo uma atenção maior de todos.

Essa sensação foi coroada pela bela apresentação que o Professor Giorgios Stylianos Hatzidakis, também conhecido por “Grego”, amante do Olimpismo, feita na reunião do meu Rotary Clube nesta semana.

Devo confessar que nutro uma relação de paixão com os Jogos Olímpicos.

Ainda criança, lembro-me vagamente dos jogos de Roma em 1960, mas, com o tempo, as olimpíadas – período de quatro em quatro anos - foram tomando novas proporções em minha mente e no meu coração. Desde então meu interesse, até por questões profissionais, cresceu, a começar pelos preparativos de cada país que os sediam, passando pela magia do ritual da abertura, os jogos em si e aquela imagem do apagar da pira olímpica ao seu final, que sempre fica na memória.

Encheu-me de emoção visitar as ruínas de Olímpia na Grécia, berço desse extraordinário movimento cultural no qual o esporte é apenas o lado mais visível. Da mesma forma, me deu tristeza ao constatar as consequências nefastas naquele país, fruto dos Jogos Olímpicos realizados em Atenas em 2004, muito semelhante à tragédia ocorrida aqui no Brasil depois de 2016. No entanto, também conheci lugares nos quais a inteligência humana e, provavelmente a maior honestidade de propósitos, como o caso de Barcelona, que sediou os jogos de 1992 e transformou a cidade de maneira positiva, especialmente em relação às condições para a sua população no pós-jogos.

Tive o privilégio ainda de conhecer outras cidades-sede e suas instalações olímpicas em momentos distintos aos Jogos, como Munique (1972), Los Angeles (1984), Seul (1988), Atlanta (1996), Sydney (2000), Pequim (2008) e Londres (2012). Não me perguntem o porquê, mas não tive interesse em ir ao Rio de Janeiro em 2016, talvez por já estar antecipando o que representaria o seu legado.

Profissionalmente, lembro-me de em 1978, como Diretor da Faculdade de Educação Física da ACM de Sorocaba, ter promovido a “Semana de Estudos sobre os Jogos Olímpicos”. A palestra de abertura foi proferida por nada menos do que Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão nos Jogos Olímpicos de Helsinque em 1952 e Melbourne em 1956.

Também tivemos o meu colega de turma na então Escola Superior de Educação Física de São Carlos, Nelson Prudêncio, que ganhou as medalhas de prata no México, em 1968 e de bronze em Munique, em 1972, ambos atletas, como bem sabemos, no salto triplo.

Nesse evento contamos também com outras palestras, mas gostaria de destacar a presença do Professor Pedro Barros Silva, Chefe de Missão da delegação brasileira em quatro edições dos Jogos, de quem tive a honra de ter sido seu aluno e com ele ter trabalhado no SESC de São Paulo. Graças ao seu apoio, conseguimos emprestar boa parte do seu extraordinário acervo pessoal para uma exposição no saguão da ACM durante toda semana.

Para finalizar, creio que ainda dá tempo de eu compartilhar com vocês uma segunda experiência junto aos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984, quando a ACM norte-americana realizou um congresso internacional paralelo ao evento e eu fui convidado para falar de um esporte pouco conhecido, a peteca. Sim, peteca como esporte tem uma com grande tradição, especialmente nas cidades do estado de Minas Gerais.

Devo dizer que a apresentação suscitou grande interesse entre os presentes e nunca vou me esquecer do quadro que ganhei de meus amigos, através de uma charge muito bem-feita, retratando a minha pessoa jogando peteca com Ronald Reagan, na época presidente daquele país.

Até hoje eu guardo com carinho esse quadro!

Eu sou Professor Bramante e até o próximo podcast.

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