Resumo

Três goladas do suco de maracujá, servido por Reginaldo Pinheiro, o Doutor, 45 anos, são suficientes para Alex* sentir as pernas fraquejarem. Ele tem 15 anos, e o treinador que agora o arrasta peio braço é o mesmo que lhe havia prometido um futuro brilhante no futebol. A vista escurece. Sob sonolência repentina, o garoto tem as partes íntimas tocadas por Doutor, que, seminu, tenta agarrá-lo de costas. "Ele relou o pênis em mim. Eu estava zonzo, sem poder de reação." Essa é a última lembrança que Alex diz ter daquela noite de setembro do ano passado.

Ele é um dos adolescentes que caíram no golpe do Doutor, o falso olheiro que mantinha 14 garotos alojados em um pequeno apartamento no centro de Aracaju. Reginaldo foi preso no inicio de fevereiro. Mas sua estratégia parecia infalível. Ele convencia meninos entre 14 e 17 anos, de vários cantos do Brasil, a embarcar para a capital de Sergipe com o argumento de que lhes arrumaria um time para jogar. 

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