Resumo

Este artigo aborda dois pontos principais: i) as atividades de lazer dos trabalhadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Rio Claro; ii) e a estratégia da empresa em prolongar o controle sobre seus funcionários até mesmo nos momentos de não trabalho, a partir da criação do Grêmio Recreativo da Paulista. A chegada dos trilhos e a instalação das oficinas da companhia ferroviária impulsionaram a formação da classe operária local, criando as bases para a emergência dos espaços de sociabilidade frequentados por esses trabalhadores. O desfrute do lazer pelos ferroviários, além de possibilitar o distanciamento momentâneo da extenuante rotina de trabalho, contribuía para o fortalecimento dos laços do grupo. A direção da Paulista, disposta a vigiar as ações de seus funcionários fora do universo fabril, empenhou-se em reger suas opções de lazer, fundando um clube social e recreativo destinado aos ferroviários.

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