Resumo

A Iniciação Científica (IC) vem ocorrendo nas universidades brasileiras desde 1950 e obteve maior respaldo a partir da Lei da Reforma Universitária de 1968. Na Educação Física brasileira, os estudos que buscam investigar os programas de IC datam de 1999. Assim sendo, esta tese apresentou como objetivo investigar o papel da IC na formação profissional em Educação Física em Universidades Públicas Federais do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia é de natureza qualitativa onde se utilizou do método indutivo com viés exploratório. Os instrumentos para a coleta dos dados foram entrevistas semiestruturadas (presenciais e online), observação não participante dos grupos de pesquisa e as fontes documentais. O referencial teórico foi fundamentado nas ideias de Demo, Diniz-Pereira, Tardif e Latour e Woolgar. A amostra foi constituída por alunos participantes, alunos egressos e professores orientadores dos programas de IC dos cursos superiores de licenciatura em Educação Física da UFRJ, da UFRRJ e da UFF. Os resultados mostraram que os programas de IC vêm favorecendo os alunos a obterem uma formação de maior abrangência e aprofundamento dos conteúdos pertinentes da área, possibilitando assim um melhor rendimento acadêmico, além de incentivá-los a dar continuidade à sua formação ao prepará-los para ingressarem nos programas de pós-graduação Stricto sensu logo após o término do curso, diminuindo o tempo de titulação como é previsto em um dos objetivos do CNPq. Logo, concluímos que, embora as IES venham se esforçando para incentivar a pesquisa desde os primeiros períodos dos cursos, não obstante, é notória a necessidade de maior expansão dos programas de IC, assim como uma política de incentivo com ofertas de um maior número de bolsas para que o aluno possa se dedicar integralmente a pesquisa.

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