Resumo

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 esforçaram-se explicitamente em usar os Jogos para inspirar uma geração. Isto é nada menos do que colocar a reivindicação principal do Olimpismo à prova, mas surpreendentemente o projeto Inspire recebeu praticamente nenhuma análise científica. Usando uma visão educacionalmente formatada da ideia de inspiração, este trabalho interroga as avaliações oficiais do programa Inspire de Londres 2012 a partir de uma perspectiva de avaliação realista, questionando quais são a teoria, mecanismos e resultados do programa. Este artigo também considera a relação entre a evidência, a investigação e a elaboração de políticas no contexto dos Jogos Olímpicos como um projeto educacional. Argumenta-se que as avaliações oficiais do programa Inspire falharam em fornecer respostas às perguntas-chave de por que, como e em que condições ocorreram os efeitos do programa e para quem. Desta forma, eles perpetuam ainda mais os poderes míticos dos Jogos Olímpicos de mudar o comportamento dos jovens por meio do esporte com base em evidências altamente problemáticas. (Trad. Otávio Tavares)

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