Resumo

Os convênios recentes estabelecidos entre os Centros de Formação Profissional e as grandes indústrias empregadoras de profissionais técnicos, de nível médio, parecem indicar uma realocação desses profissionais na estrutura de produção. A posição intermediária, entre os operários e os engenheiros ou entre o "chão de fabrica" e o "escritório de projeto", típica da gestão taylorista, tende ao desaparecimento na gestão horizontalizada dos novos modelos organizacionais. A proximidade desses profissionais com os engenheiros passa a demandar deles um nível mais elevado de qualificação, como atesta o aumento da demanda dos setores produtivos industriais de tecnólogos, profissionais de nível superior. Recorre-se à sociologia do trabalho e às noções construídas por ela, de qualificação, de competência e de saber, como forma de se identificar as tendências de mobilidade profissional dos técnicos e dos tecnólogos no interior de grandes empresas industriais.