Resumo

A vida societária, mesmo num universo tão fragmentado e, muitas vezes, individualista como o da sociedade contemporânea, não deixa de ser uma experiência coletiva, vivida em comum com os outros. Não é certamente pautada pela uniformidade e sim mediada por muitas diferenças, interesses opostos e contrastes nada desprezíveis. E que a vida social, ao mesmo tempo em que precisa de normas capazes de ordená-la e torná-la possível, limitando o desconhecido e reduzindo a imprevisibilidade, comporta simultaneamente restrições à liberdade de ação. Isto quer dizer que as normas, mesmo quando aprovadas pela sociedade ou por seus representantes eleitos, podem implicar sofrimento, redução de espaço individual ou privação. Exemplo: a maior parte da população da cidade de São Paulo aprova o controle da poluição, acata o rodízio de veículos, mas sofre quando tem que usar o transporte coletivo, bastante precário

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