Resumo

Para tratarmos desse tema recorremos à discussão sobre os conteúdos da Educação Física (EF), que estão baseadas nos PCNs (1997; 2010) e no Coletivo de Autores (1992), sendo os mais referenciados: os esportes, os jogos, as lutas, as ginásticas, as atividades rítmicas e expressivas e o conhecimento do corpo. No entanto, pouco desses conteúdos são tratados com ênfase na graduação, a exemplo dos conteúdos voltados para Lutas que na maioria dos cursos são representados por uma ou duas modalidades especificas, a exemplo do Judô, Karatê e a Capoeira. Frente a esse debate, nosso trabalho defendido em forma de monografia no ano de 2012, teve o objetivo de identificar e analisar como está sendo tratado o conteúdo Lutas nas Propostas e Matrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Educação Física das Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado da Paraíba. A pesquisa documental, de abordagem quali-quantitativa, recorreu a esses documentos que estavam disponíveis online, sendo 07 cursos em 05 IES no estado: UEPB, UFPB, UNIPÊ, FMN/JP e FIP e 01 curso a distancia da UnB. A partir da leitura, análise e discussão destas Propostas e Matrizes Curriculares, identificamos que os termos que evidenciam os conteúdos voltados para Lutas estão fortemente retratados no componente curricular – Judô, na UEPB, UFPB, FIP e UNIPÊ. No entanto, há dois cursos que tratam do conteúdo Lutas de forma ampliada, especificando e dando a nomenclatura do Componente Curricular como Lutas, sendo estes a UnB e FMN/JP. Daí, este estudo indica a necessidade de repensar a inserção do ensino de Lutas, através de Componentes Curriculares que tratem das possibilidades culturais apresentadas por este tema. Assim como, os administradores dos cursos e seus representantes (comissão de reforma curricular) poderiam selecionar conteúdos para serem aprofundados no formato de eletivas ou disciplinas de aprofundamento, mas que mantenham um Componente Curricular de caráter amplo, assim como estamos retratando as Lutas. Com isto, nosso trabalho indica estas possibilidades, visto que essas questões ainda devem ser ampliadas, repensadas e tratadas nas rediscussões curriculares dos cursos, pois essa é uma questão de base para uma ampla formação e se dela sairmos com conhecimento para ensinar em diferentes espaços sociais devemos garanti-los, na graduação, para uma qualificação de nossa atuação profissional.

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