Resumo

O presente texto configura-se na demonstração de um momento, ou mesmo em uma parada provisória na trama constitutiva de minha tese de doutorado e tem como objetivo problematizar o esporte moderno, assim como as políticas públicas de esporte, tentando compreender como eles operam enquanto estratégias de poder que transitam entre uma anátomo-política do corpo e uma biopolítica da população. Saliento que, do ponto de vista metodológico, colocar-se-á em ação um procedimento genealógico, em uma perspectiva utilizada por Michel Foucault, que foi buscar em Nietzsche atravessamentos que a tornaram um modo de operar seus estudos. Igualmente, torna-se relevante ressaltar que o referido empreendimento analítico se pauta em um referencial teórico, elaborado a partir de alguns exemplos das formulações realizadas por Foucault e Norbert Elias. Dentro desse contexto, passa-se a compreender o esporte enquanto um acontecimento moderno, assim como se percebe no advento das políticas públicas de esporte, a operacionalização de dois conjuntos de mecanismos de poder, um disciplinar e o outro biopolítico, que atuam no sentido de um governamento dos sujeitos e das populações, podendo ser considerados como técnicas, tecnologias ou mesmo procedimentos estratégicos de poder em uma arte de governar que vigora no mundo contemporâneo.

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