Resumo

Os Jogos Olímpicos modernos são marcados por eventos com interesses políticos, que marcaram de forma significativa sua história. O objetivo do presente estudo é demonstrar o uso da política dentro dos Jogos Olímpicos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa explicativa e bibliográfica, baseada em quatro artigos científicos selecionados dentre os sete encontrados. Os acontecimentos políticos de maior relevância foram: a derrota simbólica do nazismo em 1936, a luta contra o racismo em 1968, o ataque terrorista em 1972, e por fim, o boicote em meio a guerra fria em 1980. Em Berlim, 1936, Hitler usou as olimpíadas para demonstrar a força da raça ariana e mostrou o que o uso indevido do esporte pode fazer. Em 1968, ocorreu as olimpíadas no México e os corredores americanos Tommie Smith e John Carlos, ao subirem ao pódio, em forma de protesto, ergueram os braços com os punhos cerrados. Outro fato importante nessa edição foi a política internacional de manipulação hormonal, por meio da qual as mulheres tiveram que realizar testes de feminilidade. Os jogos olímpicos de 1972, sediado em Munique, Alemanha, foi uma estratégia desse país mostrar para o mundo que não existia qualquer herança nazista em seu governo, mas a intenção alemã de mudar esse panorama passou despercebida, pois aconteceu, durante o evento, o maior atentado terrorista da história em um evento esportivo. Nos Jogos Olímpicos de Moscou, 1980, duas forças tentaram mostrar qual potência era realmente mais poderosa - uma grande guerra política protagonizada por Estados Unidos da América (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), após a Segunda Guerra Mundial, que ficou conhecida como Guerra Fria, a qual teve reflexos esportivos. Alguns acordos entre Roosevelt, Churchill e Stalin dividiram o mundo em dois pólos de influência - os socialistas, representados pela URSS, e os capitalistas, representados pelos EUA. Em 1979, a União Soviética impôs uma intervenção militar ao Afeganistão e o governo dos EUA exigiu que as tropas fossem retiradas, ameaçando comandar um boicote internacional aos Jogos Olímpicos de Moscou. Os fatos analisados demonstram que, apesar do Comitê Olímpico Internacional proibir qualquer tipo de uso político em Jogos Olímpicos, o mesmo esteve presente de diversas maneiras.