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INTRODUÇÃO:

Na Antiguidade, o esporte era um meio de formação do indivíduo frente as regras sociais. Acreditava-se que a Educação Física levava o homem a explorar seu potencial, na relação corpo-alma e em relação à natureza. Os grandes jogos gregos, depois de seu apogeu e declínio, foram proibidos de ser realizados por serem considerados festa pagã. O esporte durante toda a Idade Média foi pouco praticado e era extremamente controlado, isso porque ao mesmo tempo em que proporcionava uma transgressão das normas de conduta sociais era controlado pela classe dominante. Durante o séc. XIX e início do XX, a partir da compreensão da prática esportiva como pedagógica associada a uma valorização da cultura grega helênica favoreceu o surgimento do Olimpismo, um princípio onde o esporte é visto como uma disciplina educativa.


METODOLOGIA:

O objetivo deste trabalho é analisar as principais alterações ocorridas nos valores esportivos no período do surgimento do Olimpismo, ou seja, no final do século XIX, em relação aos significados atribuídos ao esporte durante a Grécia Antiga. Para isso, foi realizado um amplo estudo teórico sobre o desenvolvimento do conceito de Olimpismo, comparando-o com o período histórico dos Jogos Olímpicos da Antigüidade. Os apontamentos retirados desse levantamento são os principais norteadores do presente trabalho.


 RESULTADOS:

Os dados obtidos apontam que o mito era a forma de se ver o mundo e explicar ao ser humano uma maneira de enxergar sua realidade.

Os grandes festivais do passado não eram simples comemorações, mas sim ritualizações. Eram a busca do espaço e do tempo sagrado original. O esporte como uma visão mítica do mundo, assim como a religião, reconfortava o homem das frustrações da realidade, uma satisfação originada pela imaginação. Com o surgimento do fenômeno Olimpismo, o esporte contemporâneo foi se transformando de um culto aristocrático do herói até sua substituição pela imagem do campeão, o culto da performance. O mito do herói esportivo é delimitado por um campeão simbólico dentro de um determinado grupo social e se projeta como um espelho em sua ideologia.


CONCLUSÕES:

Embora guardem especificidades temporais e sociais, as características fundamentais do esporte antigo e contemporâneo são semelhantes, por mais distintas que sejam as realidades. Vale ressaltar que o esporte não faz parte do tempo histórico, mas sim da multiplicidade das histórias regionais. Desta forma, a transformação dos valores esportivos está muito mais associado à forma com que a dinâmica social do momento no qual ele se manifesta do que com as mudanças intrínsecas de suas características, denominadas cultura das modalidades.