Resumo

Ao longo da história brasileira, as mulheres foram representadas de acordo com seus corpos e genitálias. Sob o pretexto de respeitar suas funções biológicas e reprodutivas, foram proibidas por lei - em 1941 e 1965 - de praticarem esportes de contato e de luta, entre eles, o futebol. Com a deliberação em 1981 e a regulamentação do futebol em 1983, continuaram a sofrer, dentro e fora de campo, com representações cisheteronormativas de seus corpos. Dentro de campo, não podiam se assemelhar ao corpo masculino, tendo padrões de beleza e de feminilidade a seguir. Já fora de campo, a mídia esportiva reproduzia a sexualização de seus corpos e a impunha uma cis-heterossexualidade. Diante disso, esta teve pesquisa teve como objetivo analisar esta representação cisheteronormativa do futebol de mulheres na revista Placar no editorial Futebol, Sexo e Rock & Roll entre abril de 1995 e fevereiro de 1999. Por um método histórico social e uma perspectiva interseccional, foram analisados 47 exemplares físicos, sem levar em conta as seis edições especiais do editorial e levando em conta a representação somente matérias sobre as atletas brasileiras, times nacionais e a Seleção Brasileira Feminina, outras atletas e modalidades não foram analisadas.

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