Resumo

Introdução: Os atletas de futebol podem apresentar alterações hematológicas que podem comprometer o seu estado de saúde. Além disso, a composição corporal inadequada pode prejudicar o respectivo desempenho. Objetivo: Avaliar a composição corporal e as alterações hematológicas ao longo de um ano em atletas de futebol. Métodos: Realizou-se um estudo observacional retrospectivo. Foram coletados dos prontuários dos atletas dados referentes à idade, peso, estatura, composição corporal, hemograma, ferro sérico, ferritina sérica, transferrina sérica e capacidade total de ligação do ferro nos meses de janeiro, maio e agosto de 2015 e janeiro de 2016. O índice de massa corporal também foi calculado. Para as análises estatísticas foram utilizados o teste Anova e o teste post-hoc Tukey para as variáveis quantitativas e o teste de Qui-quadrado para as variáveis qualitativas. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Foram avaliados os dados de 51 atletas, com média de idade de 23,53 ± 3,11 anos, 77,10 ± 6,56 kg, 1,80 ± 0,07 m e 15,6 ± 2,89% de gordura corporal (GC). Observou-se alteração significativa (p<0,05) do volume corpuscular médio, da hemoglobina corpuscular média, da concentração de hemoglobina corpuscular média, do tamanho celular e dos eosinófilos durante o período avaliado. Dentre os atletas, 21,6% apresentaram hematócrito diminuído e 3,9% apresentaram hemoglobina abaixo dos valores de referência. A % de GC maior que 16% se correlacionou significativamente com a depleção de ferro sérico (p=0,01). Conclusão: Pequenas alterações hematológicas significativas durante o ano de competição esportiva foram observadas, mas sem alterações significativas sobre a composição corporal. Nível de Evidência III; Estudo de pacientes não consecutivos; sem padrão de referência “ouro” aplicado uniformemente

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