Resumo

O ensaio tece diálogo com Paulo Freire e Merleau-Ponty. Ambos possuem uma história de vida de compromissos políticos e engajamento contra políticas mantidas pela dominação do patriarcalismo, racismo, homofobia, genocídio. Tecem uma concepção voltada de natureza concebendo a Terra como útero da existência de tudo, todas e todos. Ambos se contrapõem à disjunção entre espírito-e-matéria. Denunciam a dicotomia perversa de uma essência espiritual, superior, que se autoriza a guerra contra todas as formas materiais concebidas como sombrias, decaídas, perversas, selvagens e destrutivas. Paulo Freire e Merleau-Ponty tomaram como paradigma o corpo e a corporeidade, como lugar originário e primeiro, de onde emerge um pensamento segundo. Estimulam a comunhão e a convivialidade com tudo, todos e todas.

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