Resumo

Introdução: As teorias da Pedagogia do Esporte enfatizam que a formação de atleta deve ocorrer em longo prazo, no intuito de inserir de forma processual a criança e o jovem nas demandas esportivas, sobretudo quando o objetivo é o alto rendimento. Sendo assim, faz-se necessário compreender os percalços em situações esportivas, tanto as positivas, quanto as negativas - caso da lesão esportiva. Objetivo: Apontamos as emoções envoltas em situações de lesão esportiva nos graus I e II de adolescentes praticantes de ginástica aeróbica de alto rendimento e indicar caminhos para a ação do técnico. Método: Por meio da pesquisa qualitativa, entrevistamos onze atletas do sexo feminino, medalhistas do campeonato brasileiro de ginástica aeróbica do ano de 2015 e com média de idade de 16 anos. Aquelas foram transcritas na íntegra e a análise de dados ocorreu por meio da estatística descritiva e análise de conteúdo. Resultados: Dentre as emoções relatadas da experiência de lesão, o medo foi o mais comum, com prevalência: medo da reincidência da lesão; medo de não participar de campeonato importante; medo de ficar afastada por muito tempo durante os treinos e o medo de ser substituída e perder a posição na carreira. Conclusão: O medo existe quando o ginasta perde a confiança na sua capacidade de realizar o exercício, com sucesso, em situação ameaçadora ou exigente e pode causar o abandono entre atletas de alto rendimento na modalidade. Neste sentido, é fundamental que o técnico compreenda as emoções oriundas de experiências desconfortáveis no esporte, como a lesão e agir para que o retorno e a recuperação do atleta ocorram em ambiente salutar. Ao técnico, cabe o entendimento da emoção exacerbada pelo atleta e apoio para que o período de reabilitação seja ativo e indique que a carreira esportiva esteja assegurada

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