Resumo

A percepção do espaço depende da integração das informações sensório-motoras sendo que, durante o processo de envelhecimento, essas informações podem ser alteradas, tanto em acurácia como em otimização e, então, afetar o comportamento motor. A proposta deste estudo foi verificar o status da percepção da distância egocêntrica em indivíduos idosos, usando o método experimental de triangulação. Ainda, verificar se indivíduos idosos fisicamente ativos podem ou não ter uma melhor performance do que seus pares sedentários em duas tarefas de percepção de distância. A tarefa de percepção da distância egocêntrica incluiu: 1. Apontar para os alvos continuamente enquanto caminha em uma linha reta com os olhos vendados (i.e. quatro caminhos andando com distâncias variadas foram testados) com os olhos vendados, até o final da trajetória. 2. Julgamento verbal da distância real para os alvos. Em geral, os resultados mostraram uma tendência em superestimar as distâncias curtas (i.e., 8 e 13 metros) e uma tendência em subestimar as distâncias mais longas (i.e., 20 e 30 metros). Ambos os grupos, ativos e sedentários, exibiram uma alta variabilidade na tarefa de apontar, e isso pode ser explicado pelas mudanças individuais do sistema de orientação espacial causado pelo envelhecimento. Ainda, a amplitude de movimento do braço poderia explicar o apontar não acurado para alguns alvos colocados no final do caminho percorrido. O método de triangulação não foi sensível para medir a percepção espacial destes participantes. O julgamento verbal da distância em ambos os grupos, foram igualmente acurados

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