Resumo

Objetivou-se verificar a prevalência de insatisfação com a imagem corporal e a associação com características sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade dos pais, estado civil, curso, trabalho, moradia, turno de estudo e renda); comportamentos relacionados à saúde (hábitos alimentares, uso do tabaco e consumo excessivo de bebidas alcoólicas); estado nutricional. Foram avaliados 36 universitários (40% da população), sendo 124 do curso de licenciatura e 127 homens, selecionados por voluntariedade. A percepção da imagem corporal foi mensurada utilizando a escala de silhuetas corporais e as variáveis sociodemográficas, nível de atividade física, hábitos alimentares e estado nutricional por meio de um questionário em versão web construído a partir de instrumentos validados e empregados em outros estudos no Brasil. Os dados foram tratados utilizando-se a estatística descritiva apropriada e a associação entre as variáveis por meio de qui-quadrado (exato de Fisher) e da regressão multinomial utilizando o pacote estatístico SPSS®, versão 15.0. O nível de significância adotado foi de 5%. A insatisfação com a imagem corporal foi de 69,7% no sexo masculino e 69,3% no feminino. A insatisfação por excesso esta associada ao sexo feminino e ao IMC 25,0 kg/m². Os fatores associados à insatisfação por magreza foram: sexo masculino, prática de <739,61min semanais de atividade física, alimentação inadequada e consumir tabaco. Com relação aos estágios de mudança de comportamento, o mesmo esteve associado à insatisfação com a imagem corporal para o sexo feminino, sendo que as mulheres que apresentaram um comportamento inativo fisicamente demonstraram insatisfação tanto por excesso de peso, quanto por magreza. Estes achados indicam, a necessidade de intervenções voltadas a aceitação corporal no ambiente acadêmico a partir da aquisição de comportamentos saudáveis, como, rática regular de atividade física e alimentação adequada, a fim de gerar maior satisfação com a imagem corporal.

Acessar