Resumo

O estudo teve como objetivo avaliar a associação de medidas antropométricas com o Índice de Massa Corporal (IMC) e verificar a presença de adiposidade abdominal em escolares. Estudo transversal realizado entre 2007-2008, com 4.964 escolares de 6 a 10 anos de idade, matriculados em 345 escolas de oito municípios do Estado de Santa Catarina. As variáveis independentes utilizadas foram: dobras cutâneas subescapular (DCS) e tricipital (DCT), circunferências do braço (CBr), cintura (CC) e quadril (CQ) e relações cintura/quadril (RCQ) e cintura/estatura (RCEst). O IMC foi utilizado como variável dependente. Associações brutas e ajustadas foram estimadas mediante regressão linear e expressados como coeficiente de regressão (β). Para análise ajustada, todas as medidas antropométricas foram controladas entre si, mantendo-se no modelo aquelas com p<0,20. Classificou-se a adiposidade abdominal com a RCEst ≥ 0.5. Os resultados mostram que o IMC médio dos meninos foi 17,4kg/m2 (DP=2,8) e das meninas 17,2kg/ m2 (DP=2,8). As médias das medidas antropométricas para os sexos masculino e fe­minino foram, respectivamente: DCS=7,2 e 8,3mm; DCT=10,8 e 12,6mm; CBr=20,0 e 20,2cm; CC=60,1 e 58,5cm; CQ=71,3 e 71,9cm; RCQ=0,84 e 0,81; RCEst=0,45 e 0,44. Todas as medidas antropométricas se associaram positivamente com o IMC na análise bruta, para ambos os sexos. Na análise ajustada, nos meninos, mantiveram-se associadas: DCS (β=0,05), CBr (β=0,17), CC (β=0,19) e RCEst (β=30,5). Nas meninas, continuaram associadas a DCS (β=0,19), CBr (β=0,17), CC (β=0,13), RCQ (β=-6,2) e RCEst (β=32,1). Apresentaram adiposidade abdominal 11,9% (n=589) dos escolares, de acordo com a RCEst. Pode-se concluir que os indicadores DCS, CBr, CC e RCEst apresentaram boa relação com o IMC em escolares de ambos os sexos. Estas medidas poderiam ser utilizadas como complemento ao IMC para determinação da adiposidade corporal total e central.


 

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