Integra

Introdução: Informações acerca do crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes são um dos fatores imprescindíveis para a correta prescrição e orientação da atividade física, além da estimativa de desfechos e expectativas possíveis de serem alcançadas.

 Objetivo: Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o crescimento e composição corporal de sujeitos com síndrome de down (SD).

 Metodologia: A amostra foi composta por 15 sujeitos com síndrome de down, sendo 9 sujeitos do sexo masculino e 6 do sexo feminino com faixa etária compreendida entre 7 a 15 anos (média de 11,8 ±2,1) vinculados à APAE-Campinas. Para a avaliação da composição corporal MC). Em relação à classificação do perfil antropométrico, adotou-se as curvas de crescimento do National Center for Health Statistics (NCHS, 2000) e o protocolo de Cole et al. (2000) para a massa corporal. Em relação ao tratamento dos dados, primeiramente recorreu-se a estatística descritiva para verificar a tendência central e a dispersão. Posteriormente foi aplicado o teste de normalidade. Após confirmado a normalidade dos dados, adotou-se teste de análise de variância (ANOVA) para verificar as possíveis diferenças entre sexo. Para todas as análises utilizou-se SPSS 13.0 e nível de significância de p<0.05.

 Resultados: As meninas apresentaram valores médios maiores de estatura (1,34±6,6m), massa (47,9±9,7) e IMC (25,8±5,2 kg/m²) quando comparadas aos meninos (1,32±14,3; 39,5±14,7; 21,5±4 kg/m² respectivamente). Entretanto, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos. Em relação à classificação da composição corporal, a estatura variou entre os percentis 50 e 3, sendo que 80% da amostra encontraram-se abaixo do percentil 3. Para a massa corporal, 46% dos indivíduos foram classificados com IMC acima de 30 kg/m2, 20% com IMC superior a 25 kg/m2 e 33% com IMC abaixo de 25 kg/m2.

 Conclusão: De acordo com o exposto, pode-se concluir que os sujeitos com SD do presente estudo apresentam déficit de estatura quando comparados a curvas de crescimento do NCHS e lores superiores de massa corporal, resultando em sobrepeso e obesidade na maioria da amostra. Isto sugere que o índice de massa corporal elevado ocorreu devido a menores ganhos de estatura. Com isso, seria interessante a elaboração de curvas de crescimento nacionais para sujeitos com síndrome de down.