Resumo

Introdução: A Educação Física tem muito a oferecer às pessoas portadoras
de deficiência nas mais variadas formas de atividade. Ela é capaz de promover
a integração ou reintegração do indivíduo na sociedade e promover o interesse
pelo esporte. Hoje existem inúmeras competições oficiais para os deficientes,
mas ainda poucos estudos são desenvolvidos nesta área. Neste sentido, o
objetivo deste trabalho foi investigar o perfil psicológico dos atletas cadeirantes
participantes de maratonas. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por
16 atletas cadeirantes (13 masculinos e 3 femininos), com idade média de 33,43
anos e desvio padrão de 6,31 anos, participantes da 8ª Maratona Ecológica
Internacional de Curitiba, realizada no ano de 2004. Para a coleta de dados
foram utilizados vários questionários e inventários para avaliar diferentes
constructos da psicologia do esporte, sendo a ansiedade avaliada pelo Inventário
de Ansiedade de Estado (MARTENS, 1979); o humor através do Perfil de Estados
de Humor (MCNAIR, LORR & DROPPLEMAN, 1971); a auto-estima pelo Inventário
de Auto-estima Adaptado (OKAZAKI, 2004); o estresse através do questionário
das Reações Fisiológicas do Estresse (GREEMBERG, 2002) e a auto-imagem foi
investigada pelo Questionário de auto-estima e auto-imagem (SOTHÄUS, 1983).
Foi realizada a contagem destes instrumentos, conforme os protocolos e os
valores lançados em uma planilha. O tratamento estatístico empregado foi
uma análise descritiva (media e desvio padrão). Resultados: Os atletas
apresentaram níveis baixos de ansiedade estado (X=19,18, d.p.=4,87); níveis
de humor moderados (X=6,75, d.p.=1,77); níveis normais de auto-estima
(X=64,5, d.p.=15,65); em relação ao estresse apresentaram baixos sintomas
fisiológicos de resposta ao estresse (X=60,18, d.p.=15,31) e uma auto-imagem
alta (X=98,56, d.p.=15,41). Conclusão: Conclui-se, neste estudo, que os atletas
apresentaram um perfil psicológico ideal, mesmo sendo portadores de alguma
deficiência. A partir destes resultados podemos observar como é importante a
prática de um esporte competitivo para esta população. Sugerem-se novos
estudos, com esta população analisando outros fatores, como: tempo de prática,
experiência, performance e outros construtos da psicologia esportiva.

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